A realização de semanas acadêmicas - nos mais variados campos de estudo -, figura como uma prática comum nas universidades brasileiras. Nesses eventos, o objetivo maior é fomentar a busca e construção do conhecimento de modo a integrar interessados em áreas de interesse e afins, por meio da realização de simpósios temáticos, minicursos, conferências, comunicações e mesas de debate. Tais eventos também se caracterizam pela difusão das produções acadêmicas e debates em voga no momento de suas realizações, promovendo uma integração entre a comunidade acadêmica atuante nos cursos de graduação, nos programas de Pós-graduação e a sociedade em geral.
No caso específico da História, é ponto fundante a compreensão acerca da necessária articulação do saber que produz sobre as experiências passadas com as questões presentes - presente que é, ao mesmo passado e futuro expectado, se se considerar como válida a metáfora dos estratos de tempo que fundamenta teórica e epistemologicamente certa perspectiva historiográfica contemporânea. Dito de outro modo, enredar a História na vida prática - como ponto de partida e de chegada - dos sujeitos que produzem as histórias é parte constituinte do trabalho do historiador.
Partindo desse pressuposto teórico/epistemológico, a presente semana de História toma como tema: HISTÓRIA, MEMÓRIA E COMEMORAÇÕES, para refletir e historiar - junto com a comunidade acadêmica e sociedade em geral - sobre as comemorações da passagem dos quarenta anos de emancipação política da cidade de Rolim de Moura, a ser (re)memorada no dia 05 de agosto do presente ano. Trata-se de um momento oportuno para operar tal exercício, posto que os olhos de sua comunidade no presente se voltarão para o passado de sua constituição histórica, especificamente no momento em que foi elevado à condição de cidade no desmembramento de Cacoal por meio do decreto lei nº 71 de 5 de agosto de 1983. Data cercada de simbolismos, passível de ser problematizada à luz dos sentidos sociais e políticos, dos jogos, disputas e usos da memória sobre os quais tais eventos (re)memorativos/comemorativos costumam se estruturar.
Aqui pode-se falar em dever de história e direito de memória - enquanto prerrogativas que compõem o métier do nosso campo disciplinar -, uma vez que um conjunto de lembranças (in)voluntárias são seletivamente evocadas para acompanhar e ratificar os atos que envolvem essa data comemorativa. Ou seja, compreendemos ser esse um momento importante para também evocamos, mediante a sistematização da semana de história, outras tantas memórias, pontos de vista, histórias e linguagens que versem sobre a constituição histórica da cidade ao longo da temporalidade escoada.
Aqui, o link para inscrição no evento pelo SIGAA
Obs: Para acessar o sistema e realizar a inscrição, a pessoa interessada precisará ter acesso a plataforma GOV.BR